"Umbanda é coisa séria para gente séria". Umbanda, sendo a única religião criada no Brasil, não pode ser dividida. Quem tiver esta pretensão cairá no ridículo. A nossa religião deve ser tratada com todo carinho, amor, serenidade e estudo, sobretudo com a renovação de caráter dos que a professam para que a mesma possa espelhar a grandeza de sua doutrina.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Por que usamos branco?



Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e
fundamento, é o uso da vestimenta branca.

Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e
também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda
Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete
Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e
diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os
sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas.

Mas, por quê?

Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo
conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca?

No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um
dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas
ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como
representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior.
As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham
como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes.

Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do
material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos
da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins
positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de
túnicas e capuzes brancos.

O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de
tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.Nas guerras, quando os
adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de
comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a
contenda, o que faziam?

Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos
profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas
etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades.Por quê?

Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz
espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse
tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da
cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton.

Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro
de si todas as demais cores existentes.Portanto , a cor branca tem sua razão
de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é
capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como
representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca
contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém
dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi,
Ogum, Xangô, etc.).

A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória,
mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de
anunciar a Umbanda.Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas! !!!!

Vestuário Uniforme, Uma NecessidadeUma das bases trazidas pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas, por ocasião da anunciação da Umbanda no plano físico,
evento histórico ocorrido em 15/16 de novembro de 1908, em Neves, Niterói -
RJ, é a que diz respeito a igualdade.

Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é
comum as pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade,
moral, caráter e boas ações, mas sim pelo que se apresenta a nível de
posses.Dentro deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho,
valorizar ou conceituar os habitantes deste planeta tendo como base a
apresentação pessoal externa do indivíduo, ao invés de se atentar para
qualificativos internos.

Prioriza-se bens materiais em detrimento das virtudes.E é justamente por
isto que a Umbanda adotou o vestuário uniforme, para que alguns assistentes
ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar vazão a seus
distorcidos juízos de valor.

Assim, quem adentra por um terreiro na esperança de cura ou melhora de seus
problemas, jamais terá a possibilidade de identificar no corpo mediúnico,
todos com trajes iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais,
culturais e sociais.

Não terá a oportunidade de saber se por trás daquela roupa sacerdotal
encontra-se um rico empresário, um camelô, ou uma empregada doméstica.

Porque há quem vincule a eficácia de um socorro espiritual tomando por
parâmetro o próprio médium através do qual a entidade se manifesta. Se o
medianeiro atuasse nas sessões de caridade com trajes civis (comuns),
algumas pessoas, que pensam da forma citada, passariam a tentar analisar o
grau de intelectualidade, de situação financeira, social etc., pela
qualidade do vestuário apresentado pelos médiuns.

Então, sacerdotes calçando sapatos de fino couro, camisas e calças de marcas
famosas, seriam facilmente identificados e preferencialmente procurados.
Outros tantos, humildes na sua apresentação, seriam colocados em segundo
plano.

Na Umbanda, Sopro Divino que a todos oxigena, o personalismo ou destaque
individual é algo que jamais deverá existir. Somos meros veículos de
manifestação da espiritualidade superior, e por isto, devemos sempre nos
mostrar coletivamente, sem identificações pessoais ou rótulos. Somos elos
iguais de mesma força e importância neste campo de amor e caridade
denominado Umbanda.

Os chegam aos Centros para darem passes, sem tomarem banho ou trocarem de
roupa, estão ainda impregnados de cargas fluídico-magné ticas negativas, que,
por conseguinte interferem no campo áurico e perispiritual dos médiuns,
simplesmente acabam pela imposição ou dinamização das mãos passando ao
assistente toda ou parte daquela energia inferior que carregam.Na Umbanda, o
uniforme do médium, ou está no vestiário do terreiro, e portanto dentro do
cinturão de defesa do mesmo, ou está em casa sendo lavado ou passado, longe
do contato direto com as forças deletérias.

As VestesAs vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas,
já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os
trabalhos.Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido
de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o
que traz uma má concentração e intranqüilidade do médium (sem contar, é
claro, com a desagradável situação de uma pessoa que vai tomar passes ou
consultar-se, e ficar sentindo o cheiro do suor do médium, que está sempre
próximo nos trabalhos).

O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e
funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos
choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve,
também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos muito
grande.

Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à
tranqüilidade. A Roupa Branca (Roupa de Santo) é a vestimenta para a qual
devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com
nossos Orixás e Guias.

As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias
(fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe
suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha,
estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser
despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.

Centro Espírita - Casa de Caridade Rosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário