"Umbanda é coisa séria para gente séria".
Umbanda, sendo a única religião criada no Brasil, não pode ser dividida. Quem tiver esta pretensão cairá no ridículo. A nossa religião deve ser tratada com todo carinho, amor, serenidade e estudo, sobretudo com a renovação de caráter dos que a professam para que a mesma possa espelhar a grandeza de sua doutrina.
quarta-feira, 17 de março de 2010
A culpa é do Orixá?
Sempre cruzo com alguns comentários que remetem ao estado de responsabilidade pessoal à relação filial do Orixá, ou seja, são filhas de Iansã, aquelas que atribuem temperamento alterado em função da “mãe”. São filhos de Ogum, briguentos, que apontam o comportamento do “pai”. Filhos de Xangô, aqueles que adoram um rabo de saia (ou mais de um). Filhas de Oxum, as que deságuam em crises de choro, ou que são histéricas. E ainda, temos a figura do raríssimo e implacável filho de Exu. Enfim, muitas são as justificativas perante o “santo”, e geralmente de santo, o filho não tem nada.
Baseado nessas alegações, pergunto:
- E aquele irmão que conheceu a Umbanda anos depois, a quem ele atribuía tais comportamentos?
- Casos mais sérios de desvio de conduta, ou problemas patológicos, a quem atribuo essa filiação?
- O ladrão, o estuprador, o serial killer. Essas peças são filhos de alguém? Posso atribuir tais fatos à “santidade”?
O Umbandista aprende desde cedo, e infelizmente muito rápido, a usar o Orixá como um ponto de apoio para as suas deficiências, assim como as suas dificuldades de se relacionar com o meio. E são essas situações que dão a religião um status de gente estranha; um lugar que ao invés de valorizarmos o Sagrado, criamos condições de fuga diante das fraquezas e dos desequilíbrios da nossa personalidade. Ao invés de ser a religião que ampara, dá sentido e equilibra, se torna à religião do subterfúgio.
O arquétipo do Orixá tem relação com o nosso DNA Divino, no entanto, são as nossas escolhas que fazem a diferença, definindo o que somos e onde precisamos melhorar.
Como filho de Ogum, tenho opções: Posso entender que manter o foco na disciplina e o olho na retidão é um caminho, ou posso abrir a minha mente para brigas e discussões calorosas. Mas ainda sim, consigo perceber que em Ogum, estão as minhas ‘dificuldades’ e a minha via de aprendizado. Logo, toda desculpa ou culpa, não podem estar em Ogum, e sim na minha consciência.
Precisamos observar algumas influências que percorrem o meio religioso da Umbanda, e este texto escrevo para os Umbandistas. Portanto, aqueles que cultuam Orixá por padrões mitológicos ou no senso das diversas Nações, não se encaixam nesse parâmetro!
Entendo Orixá como: A manifestação das qualidades do Pai Supremo. E com isso, não posso atribuir deficiências, limitações e sandices humanas ao Divino! Sendo assim, possamos então olhar para a nossa religião com valores de religiosidade, sem fugas ou desculpas! Que O Sagrado possa exercer o seu papel em nossas vidas, de forma Divina! E que a força dos Orixás possa ser a nossa escola de aprendizado e crescimento!
UMBANDISTA DE CORAÇÃO! "Creio em Olorum, Onipotente e Supremo; creio nos Orixás e nos Espíritos Divinos que nos trouxeram para a Vida por vontade deste majestoso Pai. Creio nas Falanges Espirituais, orientando os Homens na vida terrena; creio na Lei da Reencarnação e na Justiça Divina, Segunda a Lei do Carma; creio na comunicação do Guias Espirituais, encaminhando-nos para a Caridade e a prática do bem; creio na Invocação, na Prece e na Oferenda, com atos de fé, e creio na Umbanda, como religião redentora, capaz de nos levar pelo caminho da Evolução ate nosso Pai Olorum. Gloria a Olorum" LUZ; VIDA!!! "Sou a luz que brilha, Em sua alma colorida, Bailando na música da vida. Sou o reflexo da sua energia, Ignorando a escuridão, Espalhando sua magia. Sou o segredo de seu olhar, Quebrando toda indiferença, Mostrando que é possível amar. Sou o início e o fim da corrente, Entrelaçada pelo amor e a esperança, Que a tudo pode resistir. Sou seu desejo e sua realização, Vagando silenciosamente, Entre os que não percebem nossa emoção.
Tudo o que eu quero!!! Ter a longevidade das palavras de Oxalá. ... Ser livre como o vento de Iansã. ... Ser justo como o machado de Xangô. ... Ser forte como a espada de Ogum. ... Ser firme como o arco e reto como as flechas de Oxossi. ... Ser mágico como as forças de Obaluaê. ... Ser infinito como a sabedoria de Nana. ... Ter a doçura das águas de Oxum. ... E as forças dos mares de Yemanjá. ... Ter a alegria do gargalhas dos Exus. ... E a boa esperteza do Malandro Zé Pilintra. ... Ser humilde e paciente como meus Preto Velhos. ... Carregar a lealdade dos amigos Caboclos. ... Ter o equilíbrio dos Marujos. ... A fé na reza dos Boiadeiros. ... E o amor ao mundo dos amigos Ciganos. ... E um dia merecer a doçura de meus Erês.
Se você quiser mandar as energias negativas para bem longe, faça este banho em uma quinta-feira de Lua Crescente, de preferência, à noite. junte as seguintes ervas:
alecrim do campo, palma-de-santa-rita, rosas vermelhas, espada-de-são-jorge, louros verdes e erva-de-santa-bárbara. Coloque todas para ferver em 3 litros de água e, depois, coe o preparado. Separe as ervas e coloque-as ao sol. Após tomar um banho normal, despeje a mistura sobre seu corpo.
Queime as ervas secas em um braseiro, juntamente com incenso de benjoim ou mirra. Enquanto as ervas queimam, diga as seguinte palavras:
"Fogo de Deus, fogo celestial, fogo sagrado, que toda a impureza seja queimada e destruída em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que a Santa Divina Trindade. Queimei, destruí e reduzi ao nada todas as más influências, assim como todo o mal".
Nenhuma magia é infalível. Nenhum ritual, simpatia, feitiço, oração, benzedura ou corrente garante resultados por si só. O poder de toda prática mágica depende de quem a pratica e de como a pratica. As palavras-chave para uma prática de magia bem-sucedida são: vontade, fé, confiança, concentração, intenção correta, merecimento e perseverança. Sem esses elementos, a magia não acontece. Pense nisso!
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