"Umbanda é coisa séria para gente séria". Umbanda, sendo a única religião criada no Brasil, não pode ser dividida. Quem tiver esta pretensão cairá no ridículo. A nossa religião deve ser tratada com todo carinho, amor, serenidade e estudo, sobretudo com a renovação de caráter dos que a professam para que a mesma possa espelhar a grandeza de sua doutrina.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
O SIGNIFICADO DAS VELAS
MENSAGENS DAS VELAS
- Vela que não acende prontamente:
- Vela queimando com chama azulada:
- Vela queimando com chama amarelada:
- Vela queimando com chama vermelha:
- Vela queimando com chama brilhante:
- Chama que levanta e abaixa:
- Chama que solta fagulhas no ar:
- Chama que parece uma espiral:
- Pavio que se divide em dois:
- Ponta de pavio brilhante:
- Vela que chora muito:
- Sobra um pouco de pavio e a cera fica em volta:
- Se a vela apaga, depois de acesa (sem vento por perto):
- Chama enfraquecida:
- Chama que permanece baixa:
- Chama que vacila:
- Quando se acende mais de uma vela e uma das chamas está mais brilhante do que as outras:
- Quando se acende mais de uma vela e, todas as chamas ESTÃO altas e brilhantes:
- Quando a vela forma uma ESPÉCIE de escada ao lado:
Indica que seu pedido está se concretizando.
- Quando a vela termina de queimar e sobra cera esparramada no prato, sem queimar:
sábado, 25 de abril de 2009
Dias e saudações aos Orixás.
DIAS DOS ORIXÁS:
SEGUNDA - FEIRA * Exu, Pomba Gira, Obaliuaie, Omulu, Pretos Velhos (Iorumá) e almas aflitas
TERÇA - FEIRA * Ogum, Boiadeiros e Baianos
QUARTA - FEIRA * Xangô e Iansâ
QUINTA - FEIRA * Oxossi, Caboclos e Caboclas
SEXTA - FEIRA * Oxalá, Almas Santas e Linha da Oriente liderada por São João Batista
SÁBADO * Iemanjá, Oxum, Nanã Buruke, Ondinas, Sereias, Caboclas, Iaras e Marinheiros
DOMINGO * Iori (Cosme e Damião), Crianças e Ibejadas
SAUDAÇÕES
Saravá Oxalá * Oxalá Meu Pai
Saravá Ogum * Ogum Iê Meu Pai
Saravá Xangô * Caô Cabecilê
Saravá Obaluaie * Atotô Obaluaiê
Saravá Oxossi * Okê Caboclo
Saravá Iemanjá * Odoceyá
Saravá Oxum * Aêê Mamãe Oxum
Saravá Iansã * Uepa hey Iansã
Saravá Nanã Buruke Saluba Nanã
Saravá Cabloco * Okê Cabloco
Saravá aos P.Velhos * Adorei as Almas
Saravá as Crianças * Beijada
Saravá Exu * Aruê Exú
Saravá Pomba Gira Aruê Exu Pomba Gira
AS 7 FORÇAS DO MÉDIUM!!
1 - O AMOR
O amor é a base de tudo, envolve a estrutura de todos os fatos no desenvolvimento.
2 - A PIEDADE
É o sentimento de devoção e de dar auxílio, ajudar, compadecer do sentimento alheio. Bondade para com o próximo, que causa para o médium um bem-estar no ato.
3 - A HUMILDADE
É o sentimento de simplicidade nas expressões a si mesmo; submissão á força superior; conhecimento de sua razão e respeito à do outro. Pedir com devoção conhecendo o seu valor e o da fonte superior. Conhecer o seu lugar, o seu eu, a sua missão, para seguir o seu caminho com resignação.
4 - A FÉ
É o sentimento da crença, do crédito, do valor recebido, a confiança, a graça alcançada vinda de “cima”, das forças superiores. É também, complemento da força da humildade.
5 - A FIRMEZA
Esta é a força adquirida pela sabedoria. O equilíbrio de forças adquirido através da pesquisa, do interesse, na busca dos conhecimentos das Leis Sagradas.
6 - A SEGURANÇA
Força adquirida pelo conhecimento da origem das coisas. Só se sente seguro em determinado lugar quem conhece profundamente este lugar. Conhecendo a origem nos sentimos seguros.
7 - A FORÇA
É o conhecimento dos rituais e da magia. A força do médium depende de seus conhecimentos da mística espiritual. Estes conhecimentos são adquiridos à medida que são merecidos e dados ou autorizados pelo Pai de Coroa.
Sincretismo de orixás e santos.
Orixá | Sincretizado Como: | Comemoração |
Exu | Santo Antônio | 13 de Junho |
Iansã | Santa Barbara | 4 de Dezembro |
Iemanjá | Nossa Senhora da Glória | 15 de Agosto |
Nanã | Nossa Senhora de Sant'Anna | 26 de Julho |
Oba | Joana d'Arc | 30 de Maio |
Obaluayê | São Roque | 16 de Agosto |
São Jorge | 23 de Abril | |
Oxalá | Jesus Cristo | 25 de Dezembro |
Omulu | São Lázaro | 17 de Dezembro |
Oxossi | São Sebastião | 20 de Janeiro |
Oxum | Nossa Senhora da Conceição | 8 de deDezembro |
Oxumaré | São Bartolomeu | 24 de Agosto |
Xangô | São Jerônimo | 30 de Setembro |
* O Orixá Exu não é sincretizado como o Diabo Judaico-Cristão.
Exu não é Diabo e nunca foi. Isso foi uma invenção doentia que ainda macula o bom nome da religião de Umbanda.
As 7 linhas da Umbanda.
A UMBANDA é dividida em linhas. Cada uma delas com um chefe, um Orixá que a comanda. E cada linha é dividida em falanges:
As 7 Linhas das Umbanda:
As linhas representão os grupamentos dos Orixás e seus falangeiros que atuam dentro da Umbanda.
Não existe uma ortodoxia dentro da Umbanda. Assim, existem diversas representações das 7 linhas, e, em algumas correntes, já citam a possibilidade de existirem não 7, mas 9 linhas, ou mesmo 14 linhas.
Existe um concenso de 5 linhas fixas (Oxalá, Xangô, Ogum, Yemanjá e Oxossi) e duas linhas variáveis que serão ocupadas de acordo com os fundamentos doutrinários oriundos de cada forma doutrinária de Umbanda.
Dentro do trabalho da "Umbanda de pretos-velhos", as linhas assim estão dispostas:
Linha | Orixás componentes à linha | Falangeiros ou falange subordinada |
Linha de Oxalá | Todos os Orixás | Guias Flangeiros de Oxalá, guias mais comuns: Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças. |
Linha de Iemanjá ou Yemanjá | Oxum, Nanã, Obá e Oxumaré | Marinheiros, Sereias, Ondinas, Caboclos de Iemanjá, Falangeiros do Orixá Iemanjá, Guias Falangeiros de Iemanjá. |
Linha de Xangô | Iansã | Falangeiros do Orixá Xangô, Guias Falangeiros do Orixá Xang,Caboclos de Xangô, falange do Oriente. Guias mais comuns: Caboclos e Baianos. |
Linha de Ogum | Falangeiros do Orixá Ogum, Guias Falangeiros do Orixá Ogum, Falangeiros em geral. | |
Linha de Oxossi | Falangeiros do Orixá Oxossi, Guias Falangeiros do Orixá Oxossi, Falangeiros em geral, guias mais comuns: Caboclos, Baoiadeiros e Baianos. | |
Linha de Almas ou Pretos-Velhos (Linha Africana ou dos Ancestrais - Babalorixás, Yalorixás, Sacerdotes diversos) | Interagem com a Linha do Orixá Omulu. | Pretos-velhos. |
Linha de Omulu | Obaluayê | Pretos-velhos e Caboclos, curadores e mandingueiros, |
Outras linhas conhecidas em outras ramificações da Umbanda:
Linha |
Linha de Oxalá |
Linha de Iemanjá ou Yemanjá |
Linha de Xangô |
Linha de Ogum |
Linha de Oxossi |
Linha de Yorimá (ou Omulu) |
Linha de Yori (Crianças) |
Ramificação mais comum de sua utilização: Umbanda esotérica, algumas Umbandas brancas, algumas Umbandas populares.
Linha |
Linha de Oxalá |
Linha de Iemanjá ou Yemanjá |
Linha de Xangô |
Linha de Ogum |
Linha de Oxossi |
Linha de São Cipriano (Pretos-velhos) |
Linha de Oriente |
Ramificação mais comum de sua utilização: algumas Umbandas brancas, algumas Umbandas populares.
As falanges dentro das Linhas
As falanges são formadas por grupos de características iguais chamados guias, assim temos os seguintes grupamentos dentro da Umbanda:
-
Pretos-velhos
-
Caboclos
-
Crianças
-
Boiadeiros
-
Marinheiros
-
Exus
Outras falanges trabalhadas em outras ramificações da Umbanda:
-
Baianos
-
Ciganos
-
Orientais
-
Mineiros
Ramificação da Umbanda.
Em algumas ramificações da Religião de Umbanda (nas Umbandas de Caboclo, Umbanda branca, Umbanda esotéria e nas Umbandas voltadas ao Espiritismo ou Kardecismo) que não trabalham diretamente com os Orixás , na forma de Falangeiros de Orixás (não estão ligados a uma corrente africana), o trabalho com os Orixás é feito com os Guias (Espíritos reencarnacionais, pois já tiveram vida corpórea) chamados "Capangueiros de Orixás", ou seja, são Guias (entidades que falam, bebem, fumam, dão consultas ...) que vêm na vibração ou emanação daquele Orixá. Na maioria das vezes, são Caboclos que cumprem essa função e carregam o nome do Orixá junto ao deles, como:
Caboclo Ogum Iara;
Caboclo Ogum Sete Espadas;
Caboclo Ogum Beira-mar;
Caboclo Xangô das Matas...
Existem casos (talvez por isso cause tanta confusão) que os médiuns não colocam a palavra caboclo na frente do nome do Capangueiro, e acaba saindo Ogum Iara, Ogum Sete Espadas, em vez de Caboclo Ogum Iara, Caboclo Ogum Sete Espadas ... Isso confunde as pessoas e elas acabam achando que estão trabalhando com um Orixá, que o Orixá bebe, fuma, dá consultas etc. Porém, o que está se manifestando alí (com grande força e beleza), são Guias, são os Capangueiros.
Então como diferenciar os Falangeiros dos Orixás e os Guias Capangueiros dos Orixás?
É simples. Os Falangeiros dos Orixás não falam, não bebem, não fumam (na grande maioria dos casos), não dão consultas, e estão vinculados à casas de corrente Africana (casas de Umbanda com fundamentos como feitura, camarinha, boris, obrigações, oferendas, cortes ...). Trabalham na harmonização do terreiro, afastando cargas e no desenvolvimento e equilíbrio dos médiuns. Já os Guias Capangueiros dos Orixás dão consultas, fumam, bebem, e falam (interagem) com os assistenciados (e as casas em que trabalham, em sua grande maioria, não estão vinculados à corrente Africana diretamente).
Só lembrando que todos os guias (Pretos-velhos, Caboclos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Exus / Pombogiras, ...) trabalham sob as ordem de um Orixá e também podem ser considerados como "Capangueiros". A diferença entre eles e os Guias Capangueiros dos Orixás é que eles não carregam em seus nomes o próprio nome do Orixá de trabalho.
Dentro da cultura Afro-brasileira é considerada a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana.
Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser humano necessitava da presença física dos Orixás (um estado presencial em forma humana), pois o ser humano ainda se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como espiritualmente.
Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da natureza.
Em algumas correntes Umbandistas ditas sincréticas há a associações entre Oxalá e Jesus Cristo, entre Santo Antônio e Exu, entre Santa Bárbara e Iansão, entre São Jorge e Ogum ... E isso acabaou virando "uma simbiose Espiritual, uma apropriação simbólica", em que a imagem do Santo Católico apenas representa um Orixá, mas não é o Orixá; é apenas um símbolo, uma referência material e a apropriação da data de comemoração do Santo para se louvar o Orixá. Entendendo assim, que não se "baixa" São Jorge em umo terreiro, não se baixa Santa Bárbara, mas sim, o Orixá, que é representado com a imagem do Santo.
Em alguns terreiros de Umbanda a associação sincrética (não em todos) acabau virando transmutação religiosa. Esses terreiros de Umbanda acreditam que Oxalá é Jesus e utilizam toda uma forma doutrinária voltada ao Cristianismo. Uns até utilizam a Bíblia e, outros, o Evangelho Segundo o Espiritismo em sua doutrina e estudos.
Orixás.
Os Orixás não são Deuses como muitas pessoas podem conceber como em outras religiões, mas sim Divindades criadas por um único Deus: Olorun (dentro da corrente Nagô) ou Zamby (dentro da corrente Bantu e das correntes sincréticas).
Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confundindo-se a força da natureza com o próprio Orixá):
Exu: o mensageiro, o ponto de contato entre os Orixás e os seres humanos;
Oxalá: o senhor da força, o senhor do poder da vida.
Oxum: as águas doces;
Iemanjá: a rainha dos peixes das águas salgadas;
Iansã: os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos;
Xangô: a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos quando (diz uma lenda que "sem Iansã, Xangô não faz fogo ... ") chegam 'a Terra;
Ogum ou Ogun: senhor dos caminhos; os desbravador dos caminhos; senhor do ferro;
Oxossí: o Orixá Odé, o Orixá caçador, senhor da fartura 'a mesa, senhor da caça;
Ossãe: o Orixá das folhas e, sem folhas, nada é possível na Umbada ou no Candomblé; o dono, preservador, das matas e florestas, das folhas medicinais, das ervas de culto;
Obá: a guerreiro, a força da libertade;
Nanã: senhora do lodo, das águas lodosas da junção entre o rio e o mar, fonte de vida, e também senhora da morte;
Obaluayê: "O dono da Terra, o Senhor da Terra"; o Orixá das doenças, senhor dos mortos (pois conta uma lenda que Obaluayê foi o único Orixá que dominou a morte, Iku); é aquele que tira a doença, mas também aquele que dá a doença.
Oxumaré: é o Orixá do arco-íris, um dos pontos de ligação entre o Aye (a Terra) e o Orun (o Céu); também representa a fartura, o bem estar.
A cada Orixá está associada uma personalidade e um comportamento diante do mundo e com seus filhos, os quais, são seus protegidos e uma parte das emanações do próprio Orixá, presentes no Orí ou Camatuê (Cabeça) desses filhos.
Orixá, dentro do culto Umbandista (de uma maneira geral) não são incorporados (não se incorpora o fogo de Xangô, os ventos de Iansã, as águas doces de Oxum ...). O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os Falangeiros dos Orixás (ou também conhecidos como encantados); ou seja, Espíritos (não reencarnacionais) de grande força espiritual (de grande Luz, como alguns gostam de falar) que trabalham sob as Ordens de um determinado Orixá.
Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, a essência dos próprios Orixas manifestada nos médiuns, pois sua força é a emanação pura dos Orixás (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles podem incorporar nos médiuns, em seus “cavalos”, e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia muito facilmente) e exigem muito dos médiuns, não podendo permanecer por muito tempo em Terra.quinta-feira, 23 de abril de 2009
Povo Cigano.
CONHECENDO UM POUCO DO POVO CIGANO
Os Ciganos pertencem a uma raça unida, com costumes e hábitos pouco comuns.
Na Europa apresentam um único idioma, com pequenas variações, devido a assimilação de certos caracteres próprios da região em que vivem.
É um povo peculiar, não somente quanto ao idioma, mas também quanto as características físicas. São na maioria altos, de pele bronzeada, dentes alvos, olhos grandes e negros, cabelos negros e enrolados.
Encontram-se concentrados, em particular na Europa na parte Ocidental da Ásia da África, apesar de estarem espalhados por todo o mundo.
Tendo surgido na Europa, atualmente são mais numerosos na Hungria, Romênia, Turquia, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Itália e alguns grupos com seus clãs no Brasil.
Por praticarem quiromancia, foram excomungados pelo Papa Martinho V e expulsos da região.
Sua religião é singular, possuem uma crença regional misturada com velhas crendices, comuns a várias regiões da Europa. Povo que pelos seus mistérios, pela beleza de suas roupas e costumes, sempre foi alvo de nossa curiosidade.
As cores para o Povo Cigano têm um significado muito especial e cada uma tem seu valor próprio, primando sempre pelas cores vivas que emanam maior vibração.
Os Ciganos não simpatizam com a cor preta e a usam o mínimo possível, salvo se for de fundo ou que não ocupe lugar de destaque.
As Ciganas mantêm os pés sempre descalços, em contato direto com a terra, para assim se destituírem de qualquer possível energia negativa e absorvem a energia positiva e a bem-aventurança da mãe terra, de quem são filhas.
O Povo Cigano é assim, fascinante. É um povo que não conhece fronteiras e são chamados “ filhos do vento “, são o “Povo das Estrelas “.
Há milênios eles vem cumprindo sua missão na terra, respeitando e reverenciando a mãe natureza, trocando e passando conhecimento do seu mundo mágico e encantador.
Imaginem no passado a vida dos Ciganos... as estradas precárias por onde transitavam com seus vurdóns, sujeitos as condições climáticas, o comboio enfrentava a tormenta da chuva e do frio, as carroças tombadas pela fúria dos ventos, ou as rodas ficavam atoladas na lama. Durante a calmaria, tudo era festa. O Povo Cigano, ao redor da fogueira cantando e dançando, ao dançar os ciganos expressam sentimentos de alegria, poesia, romantismo e felicidade.
Os Ciganos adoram dançar, a dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a vida.
Dançam ritmos e sons tradicionais, produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbaios, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas nos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas dos acampamentos.
Quando dançam o fazem com a alma, com o coração, a dança é uma alegria contagiante e uma vivacidade única.
Normalmente, procuravam acampar próximo aos rios, de onde podiam colher água potável para cozinhar, beber, tomar banho, lavar as roupas. Levam consigo a linguagem da natureza, a premonição, a mística de suas proximidades com os céus, com a lua, o sol e com a terra. O Povo Cigano por sua própria natureza, é um povo rico, cheio de felicidade e alegria.
A liberdade é um dos tesouros mais significativos desse povo, possuem uma espiritualidade inesgotável aliada ao respeito aos seus costumes.
A devoção á Santa Sara Kali é o aspecto mais importante e Universal da religiosidade cigana. Todo Cigano tem em sua casa uma imagem de Sara Kali, para pedir proteção. A ela oferecem frutas, flores, incensos, velas e fazem muitas orações.
Cartomancia.
A Cartomancia, é um dos costumes ciganos mais conhecidos, afinal muitas pessoas recorrem a este povo para saber o futuro pelas cartas. De acordo com a tradição, o Baralho Cigano só poderá ser lido por mulheres, pois trazem em seu interior a energia da lua (o oculto), tendo a luz da vidência , o dom do sentir, pressentir e interpretar.
Para a leitura das cartas, as ciganas utilizam um baralho comum, desses usados para jogos de azar, retirando o curinga e as cartas que vão do dois ao cinco, restando 36 cartas que são utilizadas para a leitura.
O Povo Cigano associou à essas cartas algumas figuras do seu simbolismo esotérico, cujo significado veremos mais adiante. As correspondências entre as cartas comuns e as figuras acontece de forma natural para os Ciganos, porém para os não-ciganos torna-se um tanto difícil fazer essa associação, felizmente existe no mercado versões do baralho com as figuras impressas o que facilita muito o aprendizado e sua interpretação.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Anjo da guarda.
Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.
E para os médiuns?
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando o médium vai incorporar, para que o Orixá/Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias do Orixá ou Entidade que está ali.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desse Orixá/Entidade, pois existe uma hora certa em que o Orixá deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.
O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas… Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.
Seu Anjo da Guarda te Chama!
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “_fulano seu anjo da guarda te chama!”
Esta era uma prática comum antigamente (não há como datar precisamente) de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.).
Tal prática talvez tenha sido trazido para a nossa amada Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento nosso que muitas Delas foram exímias benzedeiras.
O Anjo da Guarda é visto como o Mentor de nossa razão, de nossa consciência; Desta forma este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.
Banho e Fio-de-Contas
Banhos: Os banhos com ervas de Oxalá servem para fortalecer a sintonia com nosso Anjo da Guarda.
Fio-de-Contas: Todo de miçangas brancas, fazendo uma breve oração a cada miçanga colocada no fio. Deixar 3 dias imantando numa bacia de ágate branca, em um “amaci” feito com água mineral e pétalas de rosa branca (não aquecer a água, apenas despetalar as rosas sob a água).
Orações para o Anjo da Guarda:
Santo Anjo do Senhor
Meu zeloso guardador
Se a ti me confiou a Piedade Divina
Me governa, me rege, me guarda e me ilumina.
Amém.
*
Anjo de Luz,
Guardião da minha vida.
A Ti fui confiado pela Misericórdia de Deus.
Ilumina meu espírito,
Guarda-me da maldade,
Orienta a minha inspiração,
Fortalece a minha
sintonia com a Espiritualidade Superior e torna-me forte diante
das tempestades que venham a afligir meu intimo.
Lembre-me todos os dias
de não julgar nem ferir.
Banhe a minha mente de
Amor e Harmonia, para
que eu possa tornar o
mundo melhor para aqueles que convivem comigo.
Quero assim me tornar digno de sua proteção e amor.
Roupa branca
Muitos sabem apenas que o traje que devemos usar é branco e ponto, nem imagina o motivo disso.
Bem eu sabia que se usa o branco por ser uma cor de Pai Oxalá, mas tem mais alguns porquês.
Bem além do branco ser a cor de Oxalá, é a cor que melhor representa a paz e a fé, reflete as 7 cores do arco-íris que representa as Sete Linhas Sagradas deUmbanda.
E uma das principais razões de se adotar o branco dentro dos terreiros é a questão da igualdade e humildade entre todos na corrente, onde nenhum é melhor que o outro, pode sim haver mais responsabilidades para alguns, porém mais importância não.
Devemos tratar nossas roupas de santo com todo cuidado e respeito mantendo-as sempre limpas, bem conservadas e passadas, inclusive devem ser lavadas em separado das demais roupas da casa afim de não se misturar as energias.
Axé a todos!!!
DIVINO PAI OLORUM,
VENHO AQUI DE JOELHOS LHE AGRADECER POR TUDO DE BOM E TODAS AS CONQUISTAS QUE ME TEM DADO TODOS OS DIAS.
E PEÇO, AMADO PAI, QUE ATRAVÉS DA FÉ EMANADA POR NOSSO PAI OXALÁ, POSSAMOS APRENDER COM PAI OXOSSI A SEGUIR AS LEIS DE NOSSO PAI OGUM, SUSTENTADOS E EQUILIBRADOS POR NOSSO PAI XANGÔ, ADQUIRINDO A SABEDORIA, A CURA ESPIRITUAL E A EVOLUÇÃO QUE PAI OBALUAYÊ TRAZ DE ARUANDA,
E QUE NOSSA MÃE YEMANJÁ PEGUE - ME PELAS MÃOS E ME ENSINE SOBRE A VIDA E A AMAR TUDO E A TODOS DERRAMANDO SOBRE NOSSOS IRMÃOS AS AGUAS PURIFICADORAS DE MÃE OXUM.
NOS ENSINE A CONSOLAR UM IRMÃO QUE PRECISA APENAS DE UMA PALAVRA DE ESPERANÇA.
UM IRMÃO QUE CAI NAS TREVAS DA IGNORANCIA, QUE EU SAIBA LHE LEVAR AS LIÇÕES DIVINAS DA FORMA MAIS SIMPLES.
MESMO QUE EU SEJA TRATADO COM INDIFERENÇA, QUE EU CONSIGA PLANTAR UMA SEMENTE DE LUZ PARA QUE A FLOR DO AMOR NASÇA EM SEU CORAÇÃO.
QUE CADA TROPEÇO QUE EU SOFRER, NÃO SEJA EM UM OBSTACULO, MAS SIM O PROXIMO DEGRAU QUE TENHO QUE SUBIR NA MINHA EVOLUÇÃO.
QUE A RAZÃO DA MINHA FÉ EM TI NUNCA SE ACABE, POIS MUITOS MOTIVOS APARECERÃO PARA ME CONVENCER DO CONTRARIO, POIS SÓ MESMO A TÍ MEU PAI, EU TENHO COMO SER SUPREMO E CRIADOR DE TODO O UNIVERSO E OLHE POR TODOS OS SEUS FILHOS DEIXANDO QUE SUA LEI MAIOR E SUA JUSTIÇA DIVINA CUIDEM DAS AÇÕES DE CADA UM.
QUE ASSIM SEJA...
AMÉM!!
Iago Lunna
domingo, 19 de abril de 2009
As sete forças de um médium.
1 - O AMOR
O amor é a base de tudo, envolve a estrutura de todos os fatos no desenvolvimento.
2 - A PIEDADE
É o sentimento de devoção e de dar auxílio, ajudar, compadecer do sentimento alheio. Bondade para com o próximo, que causa para o médium um bem-estar no ato.
3 - A HUMILDADE
É o sentimento de simplicidade nas expressões a si mesmo; submissão á força superior; conhecimento de sua razão e respeito à do outro. Pedir com devoção conhecendo o seu valor e o da fonte superior. Conhecer o seu lugar, o seu eu, a sua missão, para seguir o seu caminho com resignação.
4 - A FÉ
É o sentimento da crença, do crédito, do valor recebido, a confiança, a graça alcançada vinda de “cima”, das forças superiores. É também, complemento da força da humildade.
5 - A FIRMEZA
Esta é a força adquirida pela sabedoria. O equilíbrio de forças adquirido através da pesquisa, do interesse, na busca dos conhecimentos das Leis Sagradas.
6 - A SEGURANÇA
Força adquirida pelo conhecimento da origem das coisas. Só se sente seguro em determinado lugar quem conhece profundamente este lugar. Conhecendo a origem nos sentimos seguros.
7 - A FORÇA
É o conhecimento dos rituais e da magia. A força do médium depende de seus conhecimentos da mística espiritual. Estes conhecimentos são adquiridos à medida que são merecidos e dados ou autorizados pelo Pai de Coroa.
domingo, 12 de abril de 2009
ORAÇÃO DO UMBANDISTA
Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa Comunicação.
Onde tantos mistificam, que eu leve a palavra da verdade!
Onde tantos procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir!
Onde tantos fecham os olhos para a prática do bem, que eu abra meu coração para acolher!
Onde tantos usam a Umbanda como comércio, que eu seja usada pela Umbanda para o Amor!
Onde tantos espalham a ignorância e o preconceito, que eu saiba agir pela Luz do Conhecimento e da Razão!
Onde a vida perdeu o sentido, que através da Umbanda eu leve o Sentido de viver!
Onde tantos me pedem um “despacho”, que eu saiba ensinar a benção do trabalho interno!
Onde haja doença, que eu leve a vibração de saúde do Sr. Oxossi.
Onde haja desespero que eu leve a concórdia e a placidez das Águas.
Onde houver desânimo, que leve a determinação e tenacidade do Sr. Ogum.
Onde houver injustiça, que eu leve o discernimento e a justiça do Sr. Xangô.
Onde tantos me pedem um milagre, que eu seja a humildade do Preto Velho!
Onde tantos estão sempre distantes, que eu possa fazer a Umbanda sempre presente!
Onde tantos sofrem de solidão que faz morrer, que eu seja a pureza de Ibejada, espalhando a alegria!
Onde tantos morrem na matéria que passa, que o Sr. Omulu me abençoe com a vibração da terra, geradora permanente de vida.
Onde tantos olham para a terra, que eu seja um espelho de Aruanda, a refletir sua Luz na terra!
SARAVÁ UMBANDA!
SINCRETISMO
Palavra originada do grego, significa sistema que consiste em conciliar os princípios de varias doutrinas ou filosofias. A correspondência de Santos Católicos com os Orixás africanos, veio pela única maneira que os negros escravos tinham de escapar dos castigos e perseguições dos seus senhores e de religiosos que tentavam difundir o catolicismo, impondo a crença com as suas representações católicas. Deste modo, colocavam sobre o Peji dos assentamentos, dos Otás relativos aos Orixás, estampas e imagens dos santos católicos ; de acordo com as explicações que recebiam dos missionários e assim fugiam da ira de seus senhores cultuando os fetiches, as representações dos deuses africanos.
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